sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O Diabo veste Zara! Sugestivo, não?

Boa tarde!


Como não poderia deixar de ser, a semana não iria acabar sem pelo menos eu comentar e deixar minha humilde opinião sobre o caso que o título remete.
Nesta terça-feira, 16, a emissora Bandeirantes exibiu no programa comandado por Rafinha Bastos, A Liga, uma denúncia gravíssima de trabalho escravo. Na verdade, o programa divulgou para toda a sociedade diversos casos, mas um deles, pelo menos na minha opinião, parece ter causado maior impacto social. O caso da Zara.

Chega a ser até difícil de acreditar que uma marca/empresa como a Zara, de primeiro mundo (tem sua sede e proprietário na Espanha) ainda use de tais práticas para maximizar seus lucros. Assim fica fácil, não é?
Estamos atravessando o ano de 2011, isso mesmo, 2011, e ainda aparecem casos como este. Só se fala de sustentabilidade, de responsabilidade social, e em uma terça-feira que parecia terminar normal, como todas as outras, vem o Sr. Rafinha e nos dá um banho de água fria, e que banho.

Imaginem o caso. Bolivianos vem ao Brasil, em busca de uma condição de vida um pouco mais digna, seu país a tempo não tem tais condições, e é isso que encontram? E continuam aqui. Nosso país não dá a assistência necessária nem para nós brasileiros, imaginem para os bolivianos então, mas isso é assunto para um post inteiro. Mas voltamos a falar da Zara. Como uma marca conhecida mundialmente, e que em 2008 (ultimo dado encontrado) beirou os 11 bilhões de dólares de faturamento, atualmente deve estar ainda maior, não tem o mínimo de responsabilidade, e sujeita seus funcionários, mesmo que indiretos, a mão-de-obra escrava? É a antiga luta por quem ganha mais, e mais, e mais. Já falei sobre isso aqui no Blog (Administração X Capitalismo), se chama capitalismo selvagem. Algumas empresas fazem o possível e o impossível para cada vez mais aumentar sua riqueza, sem se preocupar em nada com o próximo, nem mesmo com as pessoas que estão ali gerando a própria receita para a organização, é o caso da Zara, por exemplo.  
Os trabalhadores recebiam cerca de R$ 7.00 por peça produzida, mas detalhe, para dividir entre todos. Ah, recebiam também benefícios. Chega a ser engraçado. Banho somente frio, para sair, somente sob aviso prévio, entre outras barbaridades.

REPUDIO TOTALMENTE A ATITUDE DA ZARA.



Já comentei em outros posts aqui no Blog, sobre a importância do colaborador para uma organização. Os tempos são outros, as práticas mudaram, não se conquista mais nada na base do terrorismo, Hitler já se foi a mais de 65 anos, e aí aparece você Zara? Que vergonha!

Pessoal, eu poderia ficar aqui escrevendo sobre este assunto por mais algumas boas horas, mas não vou. Antes de terminar, quero deixar pra vocês um link de uma matéria do jornal O Globo, de hoje, 19, onde fala um pouco sobre o caso, mas mais importante que isso, fala que as ações da Zara haviam caído cerca de 4% hoje pela manhã na Bolsa de Valores de Madri, devido ao escândalo. Não tenho informações de como terminou o dia nesta Bolsa, mas meu desejo é que a marca tenha se desvalorizado uns 80, quem sabe 90% ao final dos trabalhos.
É importante deixar claro, que a matéria traz a informação de que teriam sido encontradas, em um dos atelieres de trabalho escravo, mais cinco marcas famosas. Como eu queria saber quais eram.


Enfim, triste, mas muito triste mesmo com tudo isso. Espero que a nova geração de administradores nunca utilize destas práticas para levar suas empresas ao sucesso, mas sim coloque em prática tudo que aprendemos na universidade e no nosso dia-a-dia. Se não for assim, melhor seguir no anonimato.


Para terminar, acho que se o Diabo soubesse como são fabricadas as roupas da Zara, talvez nem ele as vestisse.


Segue o link da matéria do jornal O Globo.

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