terça-feira, 15 de novembro de 2011

O que relacionar dos protestos na USP com administração. Na minha opinião?

Boa tarde! 



Já tem alguns dias que penso em escrever um texto sobre o que vinha acontecendo na USP, mas, até por medo de não ser bem interpretado, ainda não tinha tomado coragem. Agora sim, aproveitando para relacionar com o tema principal do Blog, divulgo texto meu que expressa um pouquinho da minha opinião sobre o que aconteceu, e o que isso pode ter a ver com administração. 


Muito se falou durante todos esses dias sobre os protestos que ocorreram na USP em São Paulo. Diversas opiniões, muitas muito bem embasadas, outras nem tanto. Pessoas públicas, outras não. O que se sabe é que foram muitas pessoas a favor e uma outra enormidade contra. 
Enfim, seguirá aqui um pouco da minha opinião e também uma breve relação do que aconteceu (de novo, na minha opinião) com administração. 

Em um primeiro momento, o que a imprensa noticiou é que os protestos aconteceram em função de três estudantes terem sido presos por estarem fumando maconha dentro do campus. Por vários dias a imprensa martelou nesta mesma tecla, e acredito que foi isso que noticiaram até o fim. Bom, sobre maconha não entrarei em méritos neste texto, o que se sabe é que este assunto já é motivo de diversos debates e até mesmo se fala em liberação do uso da maconha. Ponto. 

O que a imprensa não deixou claro, é que este foi apenas o estopim que os estudantes precisavam para protestar contra a presença da Polícia Militar no campus. O que os estudantes queriam não era que os policiais deixassem a universidade, mas sim passassem a agir de maneira diferente, mais correta. Após a morte de um estudante dentro do campus em maio deste ano (o que não comentarei por não ter maiores informações sobre o ocorrido), o atual reitor teria pedido o aumento do efetivo de policiais militares e ainda contratado segurança terceirizada. O atual reitor, João Grandino Rodas, nos diversos cargos que ocupou, tem adotado medidas violentas: processos administrativos contra estudantes e funcionários, revistas policiais infundadas e recorrentes nos corredores das unidades e centros acadêmicos, vigilância sobre participantes de manifestações e intimidação generalizada. Ou seja, se o próprio reitor age de tal maneira, porque os policiais e seguranças terceirizados iriam agir de outra, E ESSE É O PRINCIPAL MOTIVO DOS PROTESTOS, justamente não poder protestar, não poder discutir, não poder confrontar nenhum tipo de decisão do reitor. 

Entendido que apesar de os estudantes terem “estourado” em função da prisão dos três colegas que foram pegos fumando maconha, mas que na verdade o principal motivo dos protestos é a maneira como a PM vem agindo, instruída pelo próprio reitor, impedindo os estudantes de qualquer tipo de protesto contra a atual reitoria e impedindo com isso também que haja o debate, para qualquer que seja o assunto, vamos a relação disso tudo com a administração. 

Rápida relação, mas de grande importância no dia-a-dia das empresas. Conflitos, essa é a palavra. Muitos gestores, gerentes e até líderes parecem querer evitar os conflitos dentro das organizações, mas talvez esse não seja o caminho. SE NÃO HOUVER DEBATE, CONFLITOS E DISCUSSÃO, NÃO HAVERÁ TRANSFORMAÇÃO, E MUITO MENOS EVOLUÇÃO! Sim, isso vale para as empresa também. É possível usar como exemplo os coachings, profissão tão valorizada e bem vista atualmente, que são profissionais que atuam encorajando e/ou motivando os seus comandados, procurando transmitir-lhes capacidades ou técnicas que melhorem as suas competências profissionais ou pessoais, visando a satisfação de objetivos definidos por ambos. Ou seja, se uma profissão tão falada atualmente trabalha justamente para desenvolver a capacidade do próximo e aumentar suas competências, com certeza haverá debate, haverá conflitos, e é a partir destes conflitos que novas ideias surgem, novos caminhos. Frente a problemas habituais que acontecem nas empresas, nada melhor do que varias ideias e opiniões para se ter certeza que está se tomando a decisão correta. 

Conclusão: Se em uma universidade não houver espaço para opiniões distintas, conflitos de ideias e diferentes posições sobre quaisquer que sejam os assuntos, como cobrar dos futuros profissionais que ali estão estudando, que façam isso nas empresas onde atuarão depois de formados? Impossível. O que me chateia são as opiniões infundadas e preconceituosas sobre estes tipos acontecimentos, mas são tantas que passaria mais de um dia aqui escrevendo sobre.


Aproveito para compartilhar com vocês três links de textos sobre os acontecimentos na USP. Quem quiser saber um pouco mais do que não foi noticiado pela imprensa, fique a vontade.

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