segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Vendas X e-Commerce X Redes Sociais. Pura ousadia.

Boa tarde!



Motivado por minha professora na disciplina Estratégia em Vendas, Simone Carvalho da Rosa, tive acesso a matéria publicada no site Mundodomarketink.com.br que trata da nova e ousada estratégia de vendas da rede de lojas Magazine Luiza. A professora sugeriu um trabalho para a disciplina sobre o assunto.
Após leitura da matéria, ainda tive a oportunidade de ler, no site Administradores.com.br, sobre o mesmo assunto.

Trata-se do Social Commerce.





É uma estratégia bastante ousada da Magazine Luiza, e pode ser considerada pioneira no Brasil, tratando-se do modelo sugerido pela empresa, pelo menos.

Algumas considerações precisam ser feitas.

Acredito que o reflexo na estrutura do canal de vendas (varejo) das empresas que estão investindo no e-commerce, pode ser avaliado de duas maneiras. Primeiramente, se abre a possibilidade de redução no faturamento gerado diretamente no varejo, seguindo uma ideia de que as vendas pelos canais web poderiam fazer com que clientes que compravam diretamente nas lojas físicas, migrem para esse novo método de consumo. Essa mudança de comportamento do cliente poderia ser encarada de forma negativa, a partir do momento em que as estruturas e custos fixos do varejo fossem afetados pela baixa no faturamento gerado. Por outro lado, empresas como a própria Magazine Luiza já dispõe de lojas de varejo que não contam com estoque. Neste modelo o cliente chega, recebe a ajuda de um vendedor, que por sua vez o auxilia na busca pelo produto, porém, tudo através da loja virtual. Neste caso, o varejo perde um pouco de suas características principais, mas por outro lado, viabiliza uma redução de custos consideráveis, tendo em vista a menor necessidade de área física, além de precisar de menos funcionários. Enfim, com o aumento das vendas através dos canais via web, a empresa poderá enfrentar dificuldades e também oportunidades, vai depender de caso a caso, para se avaliar e tomar a decisão correta. 

Sob o aspecto social, as estruturas comerciais serão afetadas negativamente, afinal, quanto mais crescer o consumo de produtos através de canais web, menor será a necessidade de mão-de-obra nos varejos. Porém, assim como visto acima, se analisado através de uma visão de custos, é bem provável que seja positivo para a empresa, que deverá fazer uma análise para saber se é viável ou não, investir cada vez mais em vendas via e-commerce tendo como um dos seus objetivos a diminuição de custos através da demissão de funcionários. 

Na logística de transporte, com certeza se perceberá um aumento de custo e também de esforços para que o projeto funcione de maneira rentável e eficaz. O consumidor que compra pela internet, mesmo sabendo que não poderá tocar ou até testar o produto, deseja rapidez na entrega, na medida em que as vendas de uma empresa aumentam significadamente através de canais web, tem que se estar preparado para um aumento também significativo com a logística de entrega dos produtos. É preciso além disso, uma estratégia muito bem alinhada. Nos dias de hoje, empresas que não entregam em dois, no máximo três dias, acabam perdendo mercado por este motivo. 

A relação com o consumidor, em partes, fica afetada negativamente. Fica cada vez mais fraca a idéia do corpo a corpo. A própria Magazine Luiza, que sempre prezou por este contato, por receber o cliente na loja como se ele estivesse em casa, vai acabar perdendo credibilidade neste aspecto. Tem-se exemplos de outras empresas, como a Taqi, do Grupo Herval, que inclusive utiliza atualmente o slogan “Lojas Taqi. Taqi ta em casa.”. Esta empresa precisaria redirecionar toda sua estrutura de marketing a partir do momento em que decidirem entrar de vez no mundo virtual. 

Netshoes, Submarino, Comprafacil.com e Shopfacil.com, por exemplo, são empresas que tem um único canal de vendas, justamente o e-commerce. 
Já empresas como as Lojas Americanas, Natura, O Boticário e a própria Magazine Luiza, iniciaram seus trabalhos através de outros canais, porém, acabaram migrando também para a venda via web. 

Acredito que empresas como a Netshoes, que já nascem com seu planejamento e estratégias voltadas totalmente para o comércio virtual, podem apresentar um rendimento um pouco mais satisfatório em curto prazo. Por outro lado, as empresas que sempre atuaram no varejo, como a Lojas Americanas, têm um pouco mais de dificuldade, porque precisam saber exatamente quanto a entrada nos canais de e-commerce, irá representar de perda de faturamento no varejo, e também como seu consumidor irá assimilar esta mudança de estratégia de vendas.

Acredito também que o e-commerce é um dos canais de vendas que mais crescerá num futuro próximo. 

Atualmente, até mesmo marcas de roupas já vendem por estes canais, ficando evidente, a importância da logística reversa, porque a roupa pode não servir, ou também para o caso de produtos defeituosos, por exemplo. Nestes casos, a logística reversa deverá ser tão eficiente como a logística de entrega. 

Enfim, o mundo virtual parece não ter limites, as lojas virtuais já estão representando altos índices de faturamento para as empresas que já trabalham com tais canais. Agora, e com certeza isso não é uma idéia só da Magazine Luiza, as tão faladas e utilizadas redes sociais aparecem como uma ferramenta de vendas para as empresas. Marketing nas redes sociais já se faz há algum tempo, mas a venda direta, e da maneira como a Luiza está projetando, admito que pode ser uma estratégia e tanto. 

É só pensar nos consultores de vendas da Natura, por exemplo. Atualmente a Natura até vende através do canal web, porém, fez crescer e fortaleceu imensamente sua marca através de seus consultores. 
Na verdade, o que a Magazine Luiza está propondo, é a mesma modalidade de canal, porém no seu caso utilizando o mundo virtual, e tudo que ele tem a oferecer como diferencial.

É o futuro. E o futuro é agora.


A seguir disponibilizo os dois link's que me motivaram a escrever este post.

Mundodomarketing.com.br.
Administradores.com.br.

Um comentário:

  1. Isso é o tipo de assunto que é demais pra minha cabeça... :( Aai como eu queria saber mais e me interessar mais..
    A única coisa que eu sei é que a Maya de Caminho das Índias vivia falando que o Raj tinha um "e-commerce" hehehehe
    Que horror né?
    Vou ter que tirar mais tempo pra ler teu blog e me aprofundar nos assuntos..
    :*

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